top of page

Formigas

São minúsculas e extremamente organizadas. Seu trabalho envolve milhares de obreiras e pode causar diversos danos aos produtores rurais. As formigas aterrorizam produtores de diversas plantações e não é diferente para as duas principais árvores plantadas com fins comerciais no país: o pínus e o eucalipto.

Formigas1.jpg

Consideradas pragas florestais e que provocam grandes prejuízos



Dentre estes insetos, as formigas cortadeiras dos gêneros Atta, popularmente conhecidas como saúvas, e Acromyrmex - popularmente conhecidas como quenquém - podem ser consideradas pragas florestais por causa da magnitude dos prejuízos que causam. Elas cortam as plantas, principalmente as jovens, para cultivar o fungo que utilizam em sua alimentação.

 

Devido à grande importância desses insetos nos plantios florestais, as empresas desse setor tiveram que formar equipes exclusivas e permanentes para combater as formigas. Os métodos químicos utilizados com maior frequência pelas empresas são as iscas formicidas que, colocadas ao longo da trilha, são carregadas para dentro do formigueiro.

No Estado do Paraná, por exemplo, pela falta de mais informações sobre as espécies de formigas cortadeiras, o seu combate, na maioria das florestas implantadas, tem sido estabelecido de maneira padronizada, não levando em consideração as particularidades da região, as espécies de formigas, nem os níveis de infestação.





Grilos

Ordem Orthoptera, os insetos representantes desta ordem são: paquinhas, grilos, esperanças, gafanhotos e taquarinhas.

Gryllus_assimilis73.jpg

Os grilos têm merecido atenção, face à ocorrência frequente 



Em importância dos danos ocasionados em plantios novos de eucaliptos de diversas regiões do País, sobretudo, em mudas de até 40 dias após o plantio. Trata-se de um grupo de insetos extremamente polífago que se alimenta de uma grande diversidade de plantas e pequenos animais. São de hábitos noturnos, encontrados normalmente na superfície do solo. Durante o dia, ocultam-se sob detritos e galerias subterrâneas.



A única espécie comumente citada na cultura do eucalipto é Gryllus assimilis, no entanto, a diversidade deve ser maior. O gênero Gryllus L., 1758 (Figura 18) é extremamente problemático do ponto de vista taxonômico. Há problemas de espécies crípticas ou muito pouco diferenciadas, problemas de material-tipo perdidos, tipos com localidade imprecisa, descrições originais extremamente incompletas, entre outros.

Os sintomas associados aos danos de grilos, em mudas de eucaliptos, se caracterizam inicialmente por raspagens superficiais na casca do caule (Figura 19), posteriormente essa manifestação do dano pode evoluir para o anelamento do caule, mastigação profunda (Figura 20) e posterior corte da planta (Figura 21). O corte das mudas normalmente é observado a uma altura média de 1,5 cm do solo.

Vespas do citriodora

A microvespa-do-eucalipto-citriodora, Epichrysocharis burwelli Schauff (Hymenoptera: Eulophidae), foi constatada em março de 2003, no Estado de Minas Gerais, atacando plantações de Corymbia citriodora(Hook) Hill e Jonhson (anteriormente denominado Eucalyptus citriodora ), destinadas à produção de óleos essenciais. Com base na deposição de folhas caídas no solo de uma região no Estado do Espírito Santo, estimou-se que o inseto tenha sido introduzido no Brasil no ano de 2002.

Vespa_Citriodora.jpg

Os danos são caracterizados inicialmente por pequenas galhas globosas, com menos de um milímetro de diâmetro, coloração inicialmente verde (Figura 17B), mudando para cinza-claro e depois marrom (Figura 17C), após a emergência dos adultos. Os furos de saída dos insetos (Figura 17D) funcionam como porta de entrada para patógenos que fazem aumentar a necrose do limbo foliar e provoca a deiscência precoce das folhas; as árvores assumem um aspecto sapecado e de copas ralas. Nos locais onde ficam os cecídios necrosados, as vesículas de óleo desaparecem completamente e isto significa que a produção da essência oleosa pode ficar seriamente comprometida. Ainda não existem dados oficiais, mas as informações da indústria dão conta de que a perda na produção de óleo pode variar de 30% a 80% nas folhas provenientes de plantações atacadas (ANJOS et al., 2004).

Epichrysocharis burwelli sobre folhas de Corymbia citriodora. Colombo, 2004. A. Adulto; B. galhas iniciais; C. galhas velhas; D. orifício de emergência de adultos.

bottom of page